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sexta-feira, 27 de março de 2009

Segundo texto

Escolha da carreira: vá em busca da prática!

“O homem deve criar as oportunidades, não apenas encontrá-las.”
Francis Bacon

Parece que ao andar na rua e nos encontros com a família, temos uma tatuagem na testa escrito: "Vestibulando". A qual faz com que nossos amigos e familiares olhem para nós e então perguntem : “E o vestibular? Estudando muito?”
Nesse momento você deve se conter, pois dá vontade de não ser a pessoa mais educada do mundo e emendar diversos palavrões como resposta a esse recorrente cumprimento. E se acostume, pois será natural todos os tios o virem e logo indagarem sobre os estudos. 
Essas questões ficam ainda mais freqüentes quando você ainda não tem definido qual carreira desejará para seu futuro, pois nessa ocasião todo mundo, até mesmo seus conhecidos que estão desempregados virão dando conselhos sobre profissões e mercado de trabalho, várias vezes sem saberem ao certo qual a realidade atual do mercado: as pessoas mais velhas provavelmente indicarão aquelas profissões que sonharam para elas mesmas mas não conseguiram realizá-las.
Apesar de tudo convergir para que você tenha as maiores dificuldades da sua vida para decidir qual será sua carreira, não se assuste, pois isso é normal. 
Muitos dirão para você escolher bem porque será uma escolha para sua vida toda. Particularmente, prefiro encarar a escolha da carreira como algo transitório que poderá se tornar definitivo caso você realmente goste da área escolhida.
Participar de feira de profissões é uma boa para quem se acha perdido dentre as várias carreiras. “Teste de aptidão” em psicólogos é algo que penso ser uma faca de dois gumes pois ao mesmo tempo em que pode direcionar você para uma determinada escolha, pode induzi-lo de modo inconsciente a se restringir àquela determinada opção.
Não precisei de “teste de aptidão” para me decidir, mas é louvável que quem tenha vontade de fazê-lo teste-se, pois é um instrumento desenvolvido na tentativa de auxiliar as pessoas.
Minha sugestão é que você, tão logo tenha escolhido uma determinada área ou carreira, através de leituras, ou mesmo de feiras para estudantes, vá em busca de informações práticas sobre o que realmente um profissional dessa área faz no dia-a-dia.
Perguntar para seus pais e familiares se têm algum conhecido que trabalhe na área é muito interessante, pois podem indicar pessoas que receberão você com prazer no ambiente no qual trabalham. 
Esta foi a maneira pela qual me encantei pela medicina: acompanhei dois médicos durante um dia cada, no qual eles me mostraram o ambiente de trabalho, as facilidades e dificuldades diárias. 
Valeu a pena, ainda mais pelo fato de um deles ser clínico geral e o outro cirurgião pediátrico. Sou muito grato ao doutor Adriano Del Valle e ao Valter König, pela motivação que me deram durante o processo de escolha da profissão.
Ambos são amigos dos meus pais, e foram fundamentais para minha aproximação da medicina, afinal, não tenho nenhum parente médico, o que fazia com que entrar no ambiente de um hospital parecesse algo bastante difícil e complicado.
Na realidade, todo sonho que vislumbramos realizar parece, ao menos por um instante, estar além de nossas capacidades, parece ser "difícil e complicado", ainda mais passar num vestibular concorrido de alguma boa faculdade pública. 
Mas esse sentimento de incapacidade é ao que tudo indica, parte do processo de preparação e treinamento. Finalizando, procure hoje mesmo algum profissional da carreira que você pretende cursar. Tenho certeza de que você não se arrependerá, pois muito mais do que se informando, você estará vivenciando por alguns instantes sua futura profissão. Mãos a obra!

Lucas Nóbrega, 20 anos
Acadêmico da Faculdade de Medicina da USP

sexta-feira, 20 de março de 2009

Primeiro texto

Para novidades: www.EstudarAqui.org

Realizando um sonho: MEDICINA USP.

“A vontade de se preparar precisa ser maior do que a vontade de vencer”
Bob Knight

Você já teve um sonho? Uma vontade insaciável de atingir um determinado objetivo? Ainda não? Mas eu já, e ele se chamava: Medicina na USP.
É interessante notar o quanto nossa mente pode ser moldada na ocasião de se perseguir um objetivo: podemos passar por períodos de dedicação excessiva sem nos darmos conta da quantidade de energia sendo despendida num único propósito.
“Medicina na USP”, essa era a sentença que me acompanhava em cada simulado, em cada abertura de livro, em cada exercício. Pode parecer exagero dizer que essa frase era um motivo relembrado diariamente no ano passado, meu primeiro ano de cursinho, mas era o que me fazia levantar às seis e meia da manhã, pegar minha bicicleta e seguir para mais um dia de aula, ou então, levantar depois de um descanso de quinze minutos depois do almoço e voltar para as aulas da tarde: tarefa que parece simples para quem nunca passou pela fase de disputa por uma das mais concorridas vagas universitárias do país, mas que se torna um grande desafio para quem está no páreo, e tem a vontade de descansar por pelo menos mais duas horas antes de continuar a rotina de exercícios de vestibulares.
Na ocasião da preparação para os exames, é enorme a quantidade de informações que um vestibulando recebe, não apenas em termos de conteúdos acadêmicos, mas também de noções dadas pelas mais variadas pessoas: pais, tios, primos, avós. Tem-se a impressão de que todos sabem mais do que você a respeito do que se tem que ter e fazer para adentrar na universidade. O único problema é que, na maioria das vezes, essas pessoas estão dizendo as maiores besteiras, sem ao menos se darem conta disso, na tentativa de ajudá-lo a atingir o almejado curso superior e por adorarem você.
Um exemplo de informações que só atrapalham nossa vida emocional é o caso da vovó dizendo que um neto de uma colega dela passou na faculdade no ano passado, mas você não. E ela ainda completa, como se estivesse apresentando-lhe uma grande solução, que ele lia jornais diariamente e revistas semanais. Nessa ocasião, você já começa a pensar a reestruturar sua grade horária de estudos objetivando ler, de cabo a rabo, o Estadão e a Folha. Será que essa é a melhor postura a ser tomada?
Outra ocasião freqüente é a dos professores que indicam livros extras para se aprofundar em temas específicos, ou que dizem que, segundo diz sua experiência vivida, passa no vestibular aquele que lê todos os livros da lista de “leitura obrigatória” ou que estuda muito as matérias dadas em aula. Você já se perguntou: “Será que é assim mesmo”?
Para mim, a maior parte dos conselhos que muitos professores e familiares ditam compõe mais um manual do que não fazer do que uma seqüência de condutas a serem seguidas, isso pelo fato de essas pessoas estarem distanciadas da realidade de se prestar o vestibular. Até mesmo os professores, que são pagos para estudarem e darem-lhe as melhores informações estão distantes, na grande maioria das vezes, daquele sentimento de desconforto constante de se preparar para uma prova desafiante como um exame vestibular: eles sabem muito bem o que se deve estudar para a matéria deles, mas já não têm idéia do que é ter de integrar todas as informações das várias matérias.
A idéia que mais vi disseminada dentre as pessoas é a de que “quem estuda, passa no vestibular”. Pura balela! Passar você passa, mas a questão é onde você passa! Estudei bastante no terceiro ano do Ensino Médio, mas a única coisa que consegui foi uma vaga numa universidade de medicina particular, não passei onde queria. Para mim, estudar não basta! Não se deve estudar, mas TREINAR!
Para mim, o treinamento para o vestibular deve ser similar ao treinamento de um velocista de cem metros em uma olimpíada: ele não pode seguir o mesmo treinamento que um maratonista realiza, deve se aperfeiçoar e objetivar ser o melhor nos cem metros, não nos mais de quarenta quilômetros. Muitos vestibulandos agem como se fossem universitários, querendo se introduzir em leituras complicadas e excessivamente específicas, pensando que caso saibam os detalhes do específico, saberão, por conseqüência, os aspectos gerais. Puro engano, são velocistas treinando em maratonas!
“Medicina na USP”, esse era meu sonho. Qual é o seu?
Lucas Nóbrega, 20 anos
Acadêmico da Faculdade de Medicina da USP
Sugestões: realizandoumsonhomedicinausp@gmail.com

Realizando um sonho medicina USP

“Realizando um sonho: MEDICINA USP” é um Blog escrito por ex-vestibulandos que entraram nos mais concorridos vestibulares de medicina do país e escolheram a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Os textos são voluntariamente escritos objetivando motivá-lo a entrar na maior universidade do Brasil: nossa querida Universidade de São Paulo."

Lucas Nóbrega

E-mail: realizandoumsonhomedicinausp@gmail.com